Quais os principais índices para o reajuste do aluguel?
Dicas - 3 de março de 2025
Os índices para o reajuste do aluguel são fundamentais para equilibrar os interesses de proprietários e inquilinos. Eles garantem que o valor da locação acompanhe a inflação e as variações do mercado, mas sem que os reajustes se tornem abusivos.
Neste artigo, vamos explicar primeiramente como funcionam esses índices, além disso, quais são os mais utilizados no Brasil e por fim, o que a Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991) determina sobre o reajuste dos aluguéis. Portanto, se você é proprietário ou inquilino, entender esse tema pode ajudar significativamente na negociação e no planejamento financeiro.
O que são os índices para o reajuste do aluguel?
Os índices para o aumento do aluguel são indicadores que medem a inflação e, portanto, servem como base para reajustes nos contratos de locação. Dessa forma, eles garantem que o aluguel mantenha seu valor real ao longo do tempo, evitando assim perdas financeiras para os proprietários e reajustes desproporcionais para os inquilinos.
Principais índices para o reajuste do aluguel
🔹 IGP-M
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), que historicamente reajustou a maioria dos aluguéis. No entanto, nos últimos anos, ele apresentou variações muito elevadas, o que tornou seu uso mais controverso.
🔹 IPCA
O IBGE mede o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que reflete a variação de preços ao consumidor final. Como índice oficial da inflação no Brasil, ele substitui cada vez mais o IGP-M nos contratos de aluguel.
🔹 INPC
O IBGE calcula o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede a inflação para famílias com renda mais baixa. Muitos contratos de aluguel, especialmente de imóveis populares, utilizam esse índice.
O que diz a Lei do Inquilinato sobre os índices para o reajuste do aluguel?
A Lei do Inquilinato (Lei nº 8.245/1991) estabelece regras claras sobre o reajuste dos aluguéis. Entre os principais pontos, destacam-se:
O índice de reajuste deve estar no contrato. O proprietário e o inquilino precisam definir um índice oficial no momento da assinatura do contrato.
Reajustes só podem ocorrer uma vez por ano. O contrato só permite aumentar o valor do aluguel após 12 meses, salvo exceções específicas, como revisão judicial.
Os inquilinos podem questionar reajustes abusivos. Caso percebam que o reajuste está muito acima da média do mercado, eles podem negociar com o proprietário ou até mesmo buscar auxílio jurídico.
Além disso, a negociação é sempre válida. Se houver consenso, ambas as partes podem anexar um aditivo contratual ao contrato para formalizar a alteração do índice de reajuste.
É possível mudar os índices durante o contrato?
Sim! Se proprietário e inquilino concordarem, eles podem alterar o índice de reajuste ao longo do contrato, desde que formalizem e anexem um aditivo contratual ao documento original. Esse documento garante segurança jurídica para ambos e evita futuros conflitos.
Muitos contratos adotam essa prática para tornar o reajuste mais equilibrado e previsível, beneficiando tanto o proprietário quanto o inquilino. No entanto, se não houver consenso, o inquilino pode buscar alternativas, como:
Negociação direta com o proprietário, propondo um índice que melhor reflita a realidade do mercado.
Revisão judicial do contrato, caso o reajuste se torne inviável financeiramente.
Pesquisa de imóveis semelhantes na região, para entender se o novo valor está alinhado ao mercado.
Para os proprietários, ser flexível na negociação além de tudo pode evitar a vacância do imóvel e garantir uma locação contínua e sem prejuízos financeiros. Por outro lado, para os inquilinos, entender seus direitos e acompanhar os índices econômicos certamente pode ajudar a negociar condições mais justas.
O impacto dos índices no reajuste do aluguel
Os índices para o aumento do aluguel são essenciais para garantir reajustes justos para proprietários e inquilinos. Entre eles, o IGP-M, IPCA e INPC se destacam como os principais índices utilizados. No entanto, cada um apresenta vantagens e desvantagens, dependendo do cenário econômico.
A Lei do Inquilinato determina que o índice deve estar previsto no contrato e que o reajuste só pode ocorrer anualmente. No entanto, a negociação é sempre uma opção válida, permitindo ajustes que beneficiem ambas as partes.